Participei hoje pela primeira vez na Corrida das Lezírias, em Vila Franca de Xira. Quando ando nas provas costumo ver pessoas com camisolas desta corrida e tinha alguma curiosidade em saber como seria. A distância também vinha a calhar, tendo em conta a Meia-Maratona da próxima semana… portanto lá me inscrevi.
Saí da cama por volta das 6:30, tomei o pequeno-almoço, saí de casa e meti-me no comboio. Era o primeiro de três que tinha de apanhar para chegar a Alverca. Num dia normal de trabalho só acordaria depois das 7:00 :).
O tempo não estava grande coisa, tendo apanhado alguns pingos de chuva no caminho de casa para o comboio.
Em Entrecampos entrou um senhor no comboio que trazia uma mala da Corrida do Metro. Viu-me equipado e perguntou-me se ia para a corrida. Lá começamos a trocar umas ideias. Esse senhor tinha à volta de 60 anos, era de Setúbal e tinha acordado ainda mais cedo do que eu. No meio da conversa, contou-me uma história engraçada: quando era mais novo esteve na guerra, em Moçambique. Como a viagem de barco, de Portugal para Moçambique, demorava muito tempo, tinha de treinar a correr à volta do barco. Eram 180 metros para dar uma volta ao dito. Quando o mar ficava bravo, tinha de se agarrar, para evitar ir tomar banho… :).
A viagem de comboio lá foi passando e sempre dava para ver a paisagem. Chegámos a Vila Franca às 9h00. O tempo já tinha melhorado e, pelo menos por ali, não ameaçava chover.
Os dorsais estavam a ser distribuídos dentro da Praça de Touros local. Não sou grande apreciador de touradas, e acho que nunca tinha estado dentro de uma Praça de Touros. Aquilo estava praticamente tudo aberto e ainda dei um salto às bancadas. Mas até dava para ir ao meio da arena sem grande esforço. Uma coisa engraçada: a Praça tem lá pendurados uns quadros que são uma espécie de “diploma” de homenagem a alguns touros. Os quadros tinham uma figura dourada de um touro, o nome do animal e do “criador”. Pelos vistos, os touros mais “bravos” ganham o direito a ficar com o seu nome num quadro na parede da Praça.
Entretanto vi por lá o Luís Parro e o José Magro. Estive na conversa com o José Magro que me esteve a contar uns pormenores sobre os Trilhos de Sicó e outras provas organizadas pel’ O Mundo da Corrida. Tirei umas dúvidas que tinha sobre a Meia-Maratona na Areia (que também vai ser organizada por eles em Maio) e depois lá fui aquecer.
Havia bastante espaço para aquecer.
Eu tinha visto o caminho do ano passado e já sabia que o percurso era praticamente todo em recta. A única excepção é a subida e descida da ponte que passa por cima do Tejo e que tem de ser feita duas vezes.
Como não ando a tentar fazer nenhum tempo em especial aos 15 Km, resolvi fazer a experiência de ir “forte” desde o início e ver quanto tempo aguentava num ritmo perto do que consigo fazer em provas de 10 Km. Ia-me lixando, claro :p.
Começou a corrida. Lá fomos em direcção à Ponte de Vila Franca. No final da ponte virou-se à direita, para as Lezírias. Na curva estava um campino, em cima de um cavalo branco. Passou-se do alcatrão para a terra batida.
A chuva tinha deixado algumas pequenas poças no percurso. Como resultado, as pernas do pessoal estavam a ficar salpicadas de água acastanhada. E assim foi até um pouco depois dos 7000 metros, quando se chegou ao ponto de retorno. Nesse local, outro campino, em conjunto com um barril, marcava o local da volta.
Eu nem sei se os campinos foram lá colocados pela organização ou se resolveram ficar ali a ver a malta a correr. De qualquer das formas, estava giro.
No regresso já me estava a custar manter o ritmo. Mantive-me junto a um grupo de quatro corredores que iam entretidos na conversa. Fiquei com eles durante alguns quilómetros, até à entrada na ponte. Fiz a segunda subida da ponte feita “nas calmas” e os quatro fugiram.
Confirmei com o colega do lado que aquilo agora era pelo mesmo caminho da vinda.
Quando começou a descer, aproveitei para recuperar velocidade e tentar ganhar algum balanço. E assim foi. Voltei a alcançar o grupo de quatro corredores pouco depois.
Chegado à placa do 14º Km meti-me a caminho. Mas livra, era muito cedo. Quando fiquei com a meta à vista quebrei um bocado. Estava com vontade de dar um “esticão”, mas o esticão já tinha ido :).
No final o Garmin marcou 14.80 Km, em 1h08m58seg. Estava todo roto :).
Fiquei satisfeito. Foi bem menos do que esperava, o que resultou em que conseguisse apanhar o comboio mais cedo do que o previsto. Na volta, uma viagem de comboio calma, em parte passada a ler uma revista de desporto que me deram no final da corrida.
Já agora, os parciais do Garmin:
5 Km - 00:22:58 (hora)
10 Km - 00:46:30 (hora) - 5000 m em 23:30
Final - 01:08:58 (hora) - 4800 m em 22:28
(convém ter em conta que o Garmin não é exacto “ao metro”, portanto pode haver ali alguma discrepância…)
E pronto, na próxima semana há mais.
Etiquetas: Vila Franca de Xira
Março 13, 2011 às 6:58 pm |
Boa tarde foi uma exelente prova um percurso optimo mas nao o normal, o percurso foi mudado, aquela volta no barril com o campino nao coatuma ser assim. Mas nao deixou de ser uma prova optima para correr e o melhor é ter sempre alguem ao lado para dar uma forca um esticaozinho. Forca e boas provas.
Março 16, 2011 às 9:10 pm |
Olá Vítor, obrigado pelo comentário. Parabéns pela vitória na prova e pelo tempo: correr 15 Km em 47 ou 48 minutos é obra… 🙂
Março 20, 2011 às 6:49 pm |
[…] 45 minutos aos 10km Quero correr 10 KM em 45 minutos… e tenho tempo livre suficiente para falar sobre isso « Corrida das Lezírias 2011 (Vila Franca de Xira) […]
Maio 15, 2011 às 5:19 pm |
45m aos 10km é um bom tempo para quem não pratica pela competiçao, já é uma média de 4.30m/km é um ritmo que entra nas pernas com facilidade, basta alguns treinos, não de grandes duraçoes, mas mais intervalados. Boa Sorte 🙂