No passado Sábado fui a esta “Corrida pela Selecção”. O meu objectivo era fazer um treino rápido em estrada. Como o percurso é parcialmente o mesmo da Marginal à Noite (que está quase aí) também queria testar a minha forma e ver a que género de tempo posso almejar na Marginal à Noite.
O Osvaldo, que também anda na busca da (sua) forma perdida, fez-me companhia até Oeiras. Chegámos à zona da partida uns 20 minutos antes da suposta hora de partida e já lá estava um imenso mar de gente. Eu cheguei a ver alguns dorsais “anónimos” (os normais tinham o nome dos participantes) que estavam para cima do número 12000! Se realmente estavam lá 12 mil pessoas é obra. É pena é que grande parte delas não estivesse lá para correr e pior, que não se coloquem num local apropriado ao seu nível físico. E isto foi o que me chateou mais na prova: não percebo qual a necessidade de uma pessoa que vai a uma coisa destas para caminhar de se colocar na parte inicial do pelotão.
Como as pessoas não tomam a iniciativa de se colocarem em sítios equilibrados, devem ser as organizações a fazê-lo. E muitas vezes não o fazem. As organizações destes eventos têm de se preocupar em separar as partidas de quem pretende correr e de quem pretende andar. O evento chamava-se “Corrida pela Selecção”. Corrida não é caminhada nem é passeio. E eu paguei para correr.
Ora o que é que acontece quando alguém que quer correr se vê tapado ao tentar progredir no terreno? Bem, ou se pára, ou se corre por fora. O menos impeditivo é correr por fora. Ora nesta prova havia pessoas da organização a tentar impedir que se corresse por fora da estrada, o que não faz sentido quando não foram criadas condições para que quem quisesse correr, pudesse correr. E isto deixou-me chateado.
Acho bem que se promova a prática do desporto e é melhor ter aquela gente toda a caminhar 8 km do que a ver TV no sofá. Mas misturar completamente pessoas que vão caminhar com pessoas que vão correr é perigoso e as próprias pessoas nem têm noção disso. Por exemplo, vi várias pessoas a parar repentinamente, com pessoal a correr por trás delas, o que facilmente pode dar em “atropelos”. Também vi um senhor a passear o seu cão, com trela…
Enfim, já ando com pouca paciência para provas de distâncias pequenas e estas histórias cada vez me tiram mais a vontade.
Agora a prova propriamente dita: depois de passar os primeiros dois quilómetros passados a desviar-me de pessoal, fiz mais um quilómetro nas calmas e depois arranquei para o tal treino rápido que queria fazer. Acabei em 39m03s, com o Garmin a marcar 7.77 Km. Admito que estava à espera de um pouco melhor, mas os três quilómetros iniciais acima dos 5 min/km foram somando. De qualquer forma este é o tempo a bater na Marginal à Noite (que tem mais ou menos a mesma distância).
O percurso da prova é porreiro e tem uma vista agradável para o mar (é a Marginal…) mas com tanta gente na estrada não dá para estar muito desconcentrado e apreciar o caminho.
Junho 4, 2012 às 4:29 pm |
Pois, sou forçado a concordar com a questão da organização. Por ser a minha primeira prova não me preocupei nem pensei muito sobre isso mas a verdade é que aquela malta (e não era pouca) que só andava acabou por estorvar quem corria e, claro, tornar a corrida em algo perigoso, pelos motivos apontados no “post”.
O meu Garmin marcou 7.79Km. e fiz 44m31s.
Também estou a pensar ir à da noite na Marginal.
Abraço,
Luis.
Junho 4, 2012 às 4:53 pm |
Olá, parabéns pela estreia.
A Marginal à Noite é uma prova gira, embora também tenha muita gente. Como começa às 21h, a temperatura costuma estar agradável para correr…
Só espero é que a organização da Marginal à Noite tenha bom senso para não empacotar a Marginal com mais pessoal do que o que lá cabe razoavelmente… caso contrário vão começar a estragar uma das provas de estrada mais porreiras que há perto de Lisboa.
Junho 4, 2012 às 5:12 pm
Obrigado!
Ia inscrever-me agora mas infelizmente já não aceitam mais inscrições.
Fica para o ano.
Abraço,
Luis.